Até onde se sabe, o chileno Dom Benjamin Guzman Valenzuela, Sri Vajera Yogi Dasa, foi o primeiro ocidental a ingressar na Ordem de Mitrabrinda. Logo em seguida, em 1924, ele receberia orientação para estruturar o Śuddha Dharma Maṇḍalam no ocidente-- tarefa a qual se dedicou até a sua morte, em 1984. Entre maio e julho de 1981 Sri Vajera realizou as cerimônias de consagração dos seus cinco sucessores, os Jnana Dathas, e, desde então, os membros da Ordem de Mitrabrinda passaram a atuar, de forma discreta, porém decisiva, no plano de reestruturação interna do Maṇḍalam, visando o seu pleno florescimento, nos mesmos moldes estabelecidos para a Universidade do Coração.
O conceito de Avatar origina-se da Bhagavad Gītā, em referência à função exercida pelo Senhor Krishna, ou seja, aquele que desce a este mundo para restaurar o sentido e o entendimento do sagrado no mundo. De acordo com a tradição do Maṇḍalam, há ainda nove Avatares que devem se manifestar antes que todas as Escrituras se cumpram e o plano divino seja consolidado na Terra. Neste momento, o que se espera com o presente advento de Mitra Deva é que uma parte significativa da população consiga abandonar o egocentrismo (karpanya-dosha) e passe a viver segundo as leis do amor, ou do coração, onde reside o Espírito (Ātman), conforme estabelecido no monumental poema filosófico da Bhagavad Gītā e em diversas Escrituras religiosas, como a própria Bíblia.
Os membros da Ordem de Mitrabrinda, portanto, têm em Mitra Deva, a resposta para a questão colocada pelas principais religiões do mundo com relação ao advento de um grande ser. E, para que este ser atue no mundo, não por ele mesmo, mas por meio daqueles que se disponibilizam como seus instrumentos, os membros da Ordem de Mitrabrinda consagram as suas vidas a este ideal. Daí que estejam participando, também, agora, como mentores e servidores da Universidade do Coração.