Iniciado em junho de 2000 junto aos professores da rede pública da Região do São Francisco, o Projeto Bambá objetiva (1) a sensibilização dos estudantes da rede formal de ensino público para as relações do homem com a natureza e (2) a promoção de uma consciência ecológica global, orientada pela experiência de preservação dos recursos naturais locais. 

As oficinas de Educação Ambiental acontecem na Fazenda Mãe Natureza (Santana do São Francisco -- SE), onde crianças, adolescentes e educadores têm a  oportunidade de refletirem criticamente sobre os processos de integração do homem com a natureza da qual ele é parte. As distintas ações pedagógicas possibilitam que estudantes e educadores ambientais atuem de forma integrada como agentes multiplicadores dos esforços de resgate das condições de equilíbrio na relação entre os diversos seres que compõem a natureza, dentre eles, os seres humanos.

O projeto atende, em média, 60 crianças por semestre, as quais, nesse período, reunem-se semanalmente para as distintas atividades realizadas de forma lúdica, por meio de jogos, técnicas de grupo, danças circulares, caminhadas ecológicas, passeios de barco, oficinas, exibição de vídeos, técnicas de preservação do solo, da fauna e da flora e a produção de objetos artesanais.

As crianças aprendem fazendo, produzindo, comparando, associando, interagindo, conhecendo, brincando e descobrindo em contato com a natureza. Atividades como reciclagem de papel, pintura, horta, palestras e dinâmicas de grupo em contato com a natureza são utilizadas como instrumentos para o contato com a natureza interna própria de cada um. O fazer e o fazer-em-grupo possibilitam a reflexão acerca das regras de convivência e dos estilos de vida que possibilitam a reconstrução do mundo, em torno dos três pilares fundamentais dos programas de preservação ambiental -- educação, trabalho e cidadania.

 

 

 Oficina Menino do Dedo Verde proporciona ao participante o contato direto com a terra. O aprendizado de técnicas sustentáveis de plantio e colheita de alimentos isentos de agrotóxicos e produzidos a partir de compostagem natural e  orgânica, possibilita às  crianças a reflexão sobre o impacto do uso inadequado dos recursos naturais para a flora e fauna.  A oficina se encerra com o plantio de mudas de árvores em extinção na região.

 

Oficina Arte da Terra introduz a modelagem em argila como meio para estimular o desenvolvimento da sensibilidade e da reflexão sobre o papel transformador do artista -- como estamos modelando o nosso mundo? como escolhemos as ferramentas e definimos os passos mais adequadas para a concretização de uma ideia?

 

Oficina Palco da Vida vale-se da arte de representar como instrumento no processo de auto-conhecimento e descoberta de si mesmo. O teatro é utilizado como um instrumento de transformação da realidade. Exercícios, jogos e diversas técnicas teatrais possibilitam que as crianças se apropriem dos meios de produzir teatro e assim  estabeleçam uma relação direta com a realidade onde estão inseridas.

 

Oficina Papel de Ser trabalha técnicas de produção e manuseio de papel reciclado para o desenvolvimento de artigos de decoração e  outros possíveis de serem comercializados para gerar uma fonte de renda extra para a comunidade. Além de terem a oportunidade de aprender todas as etapas do processo, desde a coleta do material reclicável, que minimiza os impactos ambientais, até a comercialização do produto final, as crianças são estimuladas a refletirem criticamente sobre questões como: qual o meu papel na comunidade? o que significa reciclar? o que eu preciso reciclar em mim e em minha vida?

 

Oficina Teia da Vida introduz a tecelagem como um instrumento para o desenvolvimento de uma saudável disciplina da mente. Tecer a sua própria história, fio por fio, linha por linha, aprender a refletir e, com paciência, desatar todos os nós; implica em aprender a analisar a trama da sua própria vida e assim se capacitar para atuar criticamente dentro do tecido social.

 

Oficina Canto do Mato introduz o canto coral em diversas atividades. O coral tem como objetivos principais (1) estimular o gosto pela arte, (2) desenvolver a percepção da harmonia, (3) facilitar a expressão dos sentimentos e (4) contribuir para o resgate da cultura local por meio de cantigas regionais e também das composições dos participantes.  Estes objetivos operam conjuntamente para que cada integrante do coral contribua com a sua própria voz, em harmonia com a voz dos demais, na construção de uma nova identidade social. No coral a criança tem a oportunidade de participar na escolha do repertório e cantar a sua realidade em público, desenvolvendo, deste modo, a auto-estima e a capacidade de organizar-se internamente para o pleno  exercício de sua cidadania.

 

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