A PEDRA FUNDAMENTAL PARA A CONSTITUIÇÃO DA UNIVERSIDADE DO CORAÇÃO.

No dia 31 de dezembro de 2011, sábado, exatamente às 12h, aconteceu na Fazenda Mãe Natureza o estabelecimento da Pedra Fundamental da Comunidade da Vida Divina, a Unidade do Śuddha Sabha Ātma, responsável pelo estabelecimento da primeira Universidade do Coração. A Universidade do Coração, destinada a facilitar o contato real com o Ser Sagrado que reside, centralmente, no coração de todos os seres, funciona como um catalisador, acelerando e intensificando os processos fundados na prática do amor-em-ação.

O contato com o Ser no coração é algo que se lê em livros e se ouve em palestras e congressos, mas que raramente se vê acontecer na vida das pessoas. Contatar com a fonte da Suprema Sabedoria Universal em nosso Espírito demanda disciplina férrea e grande esforço. São pouquíssimos aqueles que se dispõem a sair do plano retórico e teórico para, na prática, abrir as comportas do coração. Amar aos inimigos, oferecer a outra face e procurar olhar como irmãos mesmo aqueles que nos ofendem e exploram é algo difícil e parece ainda uma utopia distante. Entretanto, o segredo de toda e qualquer transformação individual e social positiva está nesta arte da boa convivência, fundada em relações de respeito e amor.

Antes de Jesus e Sócrates, Pitágoras, o pai da filosofia, já nos alertara para a via da descoberta de si mesmo, fundada no amor. Desde Pitágoras entende-se por filosofia, verdadeiramente, o sentimento de amor que orienta a busca do conhecimento e a convivência com os demais seres no mundo. Segundo estes grandes seres, acercamo-nos do âmago de nossos corações quando passamos a refletir sobre a nossa identidade material e espiritual e a agir segundo o SENTIMENTO de amor que brota e se irradia de nosso interior, organizando a vida social à nossa volta e iluminando toda ATIVIDADE racional. Este mesmo entendimento está presente também, tanto na Lei de Moisés (Torá, Pentateuco) que constitui o texto central do judaísmo, como no diálogo entre Krishna e Arjuna, a Bhagavad Gītā, que trata da verdade de que tudo se origina do Supremo Brahman, expresso na UNIDADE existente em toda a criação, incluindo os seres que nos são superiores (seres divinos) e inferiores (animais, etc.). Na Bhagavad Gītā, em especial, Krishna utiliza-se do termo sânscrito śraddhā para convocar Arjuna a desenvolver a capacidade de convergir, por meio da ação sábia, corajosa e caridosa, para o coração. O conceito designado pelo termo śraddhā manifesta-se, então, em Arjuna, levando-o a subsumir o papel contraditório exercido inicialmente pela sua fé falsa e paralisante (mesmo se fosse verdadeira, a fé, sem obras, por si só, está morta) e pela sua razão. Convicto e entusiasmado, Arjuna passa, aos poucos a se valer de śraddhā – o ardor do coração, fruto do seu AMOR em AÇÃO – como a bússola a lhe guiar rumo à sua realização espiritual.

Embora não exista uma receita para o estabelecimento da Universidade do Coração, existem, contudo, alguns princípios e práticas em torno das quais a Grande Síntese está conseguindo resultados animadores. Para se trabalhar pelo bem estar universal, há que se crescer no amor sem se afastar do mal. Com o coração operando em silêncio, reverte-se a energia do mal. Pela comunhão amorosa de austeridades e pelo modo impessoal de se viver pretende-se chegar às estratégias para a gestação da maiêutica do coração e para a consequente materialização da Universidade do Coração, aquela onde se aprenderá com o corpo todo, levando cada um a se sentir todo coração...

OS PASSOS INICIAIS. Sabemos que a mente segue métodos e metodologias, mas o coração, não. O coração apenas busca o seu ritmo e procura se harmonizar, para evoluir, sem perder a cadência, nem o compasso. A mente se filia a distintas correntes religiosas, filosóficas e políticas. O coração, não. O coração não tem corrente, porque não sabe viver acorrentado. Sabemos também que os avanços no mundo são aferidos por meio da avaliação do incremento das relações estabelecidas, basicamente, segundo as leis do amor. Onde há mais amor, o mundo é melhor.  Logo, nenhum processo de mudança que não o promova, ou não seja nele fundado, pode produzir qualquer melhora significativa no mundo. O amor, portanto, é a lei natural que, no curso do tempo, aproxima o ser humano, sempre em transformação, ao seu estado mais bem acabado e completo. As pessoas tornam-se melhores quando desenvolvem esta natureza amorosa, capaz de organizar e estruturar o território psico-sócio-ambiental, onde se fundam as experiências do Ser.  

 

De acordo com o pressuposto básico da Universidade do Coração, a formação do ser humano representa um processo psico-sócio-político de descoberta de si mesmo. Representa um ato integral, de síntese, tal qual os que se vê surgir durante os vários processos envolvidos nos projetos desenvolvidos pela Grande Síntese.  Deste modo, na Universidade do Coração, o diapasão para se encontrar a sintonia fina, que nos revela em tudo o sagrado, deverá ser, unicamente, o coração. Os seus campi, portanto, não poderão ser campi convencionais. Deverão ser criados e desenvolvidos em torno de voluntários dispostos a consagrarem as suas vidas a este ideal. Isto quer dizer que a Universidade do Coração deverá constituir-se como o campo onde todos interagirão enquanto coautores do gradual processo de acesso, em Si mesmo, às profundezas do Ser.

 

Historico da Universidade do Coração

Grande Síntese mantém quatro campi integrados pelo ideal da constituição da Universidade do Coração: (1) a Fazenda Mãe Natureza, localizada à margem do rio São Francisco, no Povoado da Saúde, em Santana do São Francisco --SE; (2) a Comunidade do EU (em frente a estação da balsa que faz a travessia para Penedo -- AL), (3) o Edifício Milagres, localizado na rua Lagarto, 58, Aracaju – SE, (4) Escola da Síntese - Experimento Educacional Pedagógico Curtindo o Coração, Aprendendo a Viver - localizada à Rua Lagarto, 529 - centro - Aracaju/SE.

 

No dia 31 de agosto de 2012, sexta-feira, às 21h, aconteceu, na Fazenda Mãe Natureza, a cerimônia de consagração e inauguração do complexo da Comunidade da Vida Divina, a Unidade do Śuddha Sabha Ātma, responsável pela concepção da Universidade do Coração. Desde o estabelecimento no dia 31 de dezembro de 2011 da Pedra Fundamental da Comunidade da Vida Divina, o Śuddha Sabha Ātma passou a desenvolver uma serie de ações concretas destinadas à constituição desta universidade voltada, unicamente, a facilitar o contato real com o Ser Sagrado que reside no coração de todos os seres. 

 

 

De acordo com a maiêutica do ardor do coração (śraddhā), pressuposto básico da Universidade do Coração, a formação do ser humano representa um processo psico-sócio-político de descoberta de si mesmo. Representa um ato integral, de síntese, tal qual os que se vê surgir durante os vários processos envolvidos nos projetos desenvolvidos pela Grande Síntese. Deste modo, na Universidade do Coração, o diapasão para se encontrar a sintonia fina, que nos revela em tudo o sagrado, deverá ser, unicamente, o coração. Os seus campi, portanto, não poderão ser campi convencionais. Deverão ser criados e desenvolvidos em torno de voluntários dispostos a consagrarem as suas vidas a este ideal. Isto quer dizer que a Universidade do Coração deverá constituir-se como o campo onde todos interagirão enquanto coautores do gradual processo de acesso, em Si mesmo, às profundezas do Ser.

A singularidade deste processo maiêutico está em sua inerente disciplina de convergência assintótica para o sagrado, ou Brahmasāmīpya. Ao adquirirmos a consciência do sagrado, desenvolvemos a respectiva força de vontade para promover a inversão do funcionamento do ser e avançar pela via de convergência assintótica para a essência (śuddha) do sagrado (dharma).

De início, começamos a perceber o que não está de acordo com a lei e nos ocupamos da reconstrução do nosso caráter, por meio da purificação dos saṃskāras (impressões mentais, resultantes de nossas ações e pensamentos). Esta purificação vem pela precedência de śreyas (o melhor e mais certo) sobre preyas (o mais prazeroso), ou seja, a capacidade de mudar sem olhar para trás. A partir daí tem início a inversão do funcionamento do ser – de “guṇa-para” (orientado pelas “aparências”) para “ātma-para” (orientado para a essência do sagrado). A consequência é o início do funcionamento que chamamos de Brahmasāmīpya, ou seja, a capacidade de avançar para a luz e para o coração, sem nunca retroceder, tendo como mantra a oração “Entrego, confio, aceito e agradeço”.

 

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