A Civilização da Síntese

O mundo está no limiar de uma futura grande civilização - a civilização da SÍNTESE. A separatividade egoísta que foi ensinada no passado e impregnou todas as rotas da vida, está começando a ser demolida.

Este escrito encantará a todos aqueles que acreditam na Síntese, oferecendo-lhes ajuda para sincronizarem-se na diversificada natureza de si próprio e também em seu relacionamento com os outros, e servirá como uma introdução para a Síntese em geral.
A seleta base desta profunda Síntese é a DIVINDADE; que não é nem meramente com forma, nem simplesmente imanente, nem somente transcendente mas é de fato, as três simultaneamente (AUM) e não obstante inconcebível. OM.
O processo de formulação das diversas correntes de crenças baseadas apenas em verdades parciais e humanas está colhendo agora os resultados das armadilhas destas meias-verdades.

Para concluir estes raciocínios, apontam que compromissos verbais e propósitos para com a SUPREMA DIVINDADE e a compreensão de que a integridade da individualidade e dos fatores cósmicos emanam de Deus a quem todos convergiremos após sustentarmos o alento vital por um certo espaço de tempo, é o primeiro passo para o aspirante em particular alcance a realização.
Sabedoria não consiste em salvar a si mesmo enquanto outros são derrotados e nem apagar-se a si próprio sob uma falsa noção de sacrifício. Render-se total e incondicionalmente ao Ishwara - o único refúgio dos justos e desamparados - é o mais sublime dos sacrifícios prescindindo de tudo quanto possa obstaculizar uma pessoa para poder encontrar a si mesmo realizando-se e fazendo isto no melhor possível de sua própria LUZ.
Sânscrito, o idioma do Yoga, não tem preferência por qualquer doutrina ou teoria. Deus,o homem e o Universo, em sua intimidade recíproca e o método de culto e veneração, ou adoração não estão condicionados por nenhuma concepção ou inclinação específica mas somente pela precisão ou pela carência do discernimento apropriado.
Para entronizar a DIVINDADE no coração de todas as pessoas, extirpando transgressões do "duksha ahankara" ou "egoísmo da separatividade" em todos os Homens, é o único interesse subalterno por parte deste servidor (DASA) do suddha Dharma Mandalam em toda a extenção que lhe for possível e que seja feito da mesma forma por todos os Dasas do Mandalam.

 

AMOR DIVINO

Esta é uma prece existente em nossas escrituras:
"OM, Amor, eu unifico meu ser com todo o meu supremo Atman, o vasto espírito, não obstante nós ignoremos esta verdade transcedental.
Mas ao dizer " eu me unifico" (ou eu entro em comunhão), a idéia esotérica fica enunciada levando a que esta união substancial à qual alguém aspire esteja na sua consciência e no seu próprio entendimento desta verdade de estar unificado com o Atman Supremo e com seus atributos divinos, os quais são sintetizados em sabedoria superior, poder e glória.
A disciplina transmuta estas qualidades através da purificação dos corpos sutis e densos à medida que a consciência se conecta com a DIVINDADE.
Em nossa vida diária, nós estamos continuamente subjugados ao padecimento. Nós sofremos devido ao fracasso ou insucesso de nossos ideais e de nossos negócios; devido também a doenças, nossas ou de outras pessoas. Nós imergimos em sofrimento e nós nos aflingimos quando uma pessoa querida morre. Mas quando a dor é muito grande, então o aspirante deve forçar a si mesmo com todo o poder de sua vontade e domínio de seus pensamentos para resultar em um funcionamento de intenso e constante júbilo para consigo próprio.
Eu sei que isto é muito difícil, mas como o aperfeiçoamento e a consecução disto, grandes benefícios serão obtidos.
Existem duas forças opostas, completamente distintas uma da outra às quais entram em colisão entre si. Este golpe do martelo contra o duro aço; de pedra contra pedra; de furacão contra nuvens. Nesta terrível batalha surge um raio de luz e repentinamente brota e salta à vista uma centelha e a escuridão é iluminada.
Muitas almas alcançam o estado sobrenatural de glória fazendo sua obra com contentamento espiritual e com completa rendição de si mesmo com alegria à Suprema Vontade durante os terríveis fracassos, contrariedades e sofrimentos da vida. Entretanto, se durante estas passagens tristes da existência nós devemos estar unidos com a felicidade interior para obter progresso e para receber as bênçãos dos Grandes seres, com muito mais razão nós devemos fazer o mesmo durante os plácidos dias nos quais nossa vida normal segue sem curso.
Assim como substâncias de composição diferentes, tal como a água que não se une com o óleo, o fogo que não incendeia se há muita água, o contrário acontece desde que é posto em andamento um processo; assim sendo, também o Supremo Espírito sendo composto de GLÓRIA, não pode manifestar isto, ou seja, eclodir a glória entre dores e tristezas. Para alcançarmos isto é necessário que nos tornemos similar a Ele, atravésde contentamento e alegria, de forma contínua e firme, seja o que for que nos aconteça.
Pessoas abatidas, queixosas e amargas não "verão" a DEUS. Nós só alcançamos e Ele na carruagem da alegria, submergindo mais e mais, a cada instante, em sua glória infinita. O progresso individual torna-se eterno, o ser converte a si mesmo em um indivíduo cada vez mais feliz e mais útil ao Plano Divino.
A sílaba "OM" significa: "eu estou dentro do Espírito Supremo". Em nome de DEUS, ou seja, OM transcendental e infinito. Em seguida o termo AMOR deve ser apreciado pelo aspirante com a pedra angular de seu burilamento concernente à consecução de seu aperfeiçoamento espiritual. É como a união do amante e do objeto amado. O amor é, por assim dizer, o elemento de unificação por exelência na vidaespiritual e, ao mesmo tempoo mais fácil o mais exultante e o mais eficiente meio de estabelecer e alcançar contato com a Divindade. Todos os místicos e todas as religiões tanto no ocidente como no oriente consideramo amor ou a caridade, tanto como o eclodir da perfeição como sua consumação final.
Cristo e Buda viveram como tochas de amor. Para todos os seres mais evoluídos, o amor constitui a realização da Lei (da Justiça).
Para alguns que nao tem nem fé nem empenho na ação, sem caridade ou seja, sem o Dom do Amor, não haverá recompensa pelo que quer que seja, nem no nível físico nem nos diversos "céus".
Para outros, o Amor foi a razão de sua existência. Ramakrishna viveu absolutamente consumindo na chama de seu mais ardente Amor.

O Bhagavad Gita, o livro dos livros, é inspirado no amor do senhor, como representação da Divindade e , em diversas de suas partes está expressada a compaixão da Hierarquia pela Humanidade. E, permanentemente lá, no Gita, é ensinado o abandono e a rendição total de nosso ser à Sua Divina vontade, renunciando a todos os fins egoístas e ensinando a prática das virtudes, às quais, necessariamente requerem a geração de Amor e sua estimulação.
Arjuna exclama ruidosamente o seu estado de ser: "arrebatado em Amor Divino, deixe-me Vos adorar em Tua forma manifestada e também em sua natureza imanifestada submergindo em tua onipresente transcendência." Em outro trexo do (Gita), Arjuna diz: "...cative-me como o pai ao seu filho, como o amigo ao amigo, como o amante ao ser amado."
Em um outro livro sagrado do mandalam, desejando inferir que em Deus predomina o Amor, é expressado que "o amor é a cabeça de Brahm", como se estivesse sendo dito que o que é o mais superior em Deus ou na Síntese de sua perfeição está alicerçada em Seu Amor.
Várias razões explicam a importância e a eficiência do amor.
Primeiramente o Amor Divino é, em essência, o contrário do egoísmo e das paixões autocentradas e em consequência disto exercitar-se no amor a deus ( que incluiu amor a todos os seres), consome e destrói a raiz mesmo destas paixões e deste egoísmo.
Em segundo lugar o amor é, por sua própria natureza, completamente harmonioso e instituidor do mais poderoso e indestrutível vínculo entre o discípulo e a Divindade. O Amor Divino é yóguico (sintético, absoluto). Ele é sintético porque da própria percepção e geração do Amor em si mesmo advém todas as virtudes e perfeições extraídas da múltipla e superior Síntese e a aquiescência ao Amor é exigência primordial de todo sistema de Yoga.
O Amor Divido é essencialmente harmonizador e compreensivo e estabelexe a condição necessária para a evolução, o progresso, o avanço ou a elevação no Yoga.
isto acontece porque a Yoga Brahma Vidya é a Ciência Sintética do Conhecimento de Deus, do Absoluto. E não existe para obter este conhecimento nenhum meio mais adequado do que o exercício do Amor Divino, como instrumento de inspiração e acompanhado com práticas yóguicas. Bhakti Yoga ou Yoga da Devoção está baseada na senda do Amor Divino, inegoista e impessoal. Esta atração da Energia Cósmica quando corretamente feita traz a nós sucesso espiritual e nos faz mais diligentes e eficientes na labuta física neste mundo.
O Sol ao iluminar este mundo é luz, é força e é ardor irradiante voltado para todas as coisas e todos os seres. Se tornarmos uma lente e com o conhecimento necessário a focalizarmos em um pedaço de papel ou em uma pequena porção de erva seca, o poder do sol, condensado por intermédio da lente, produzirá um fogo abrasador. Fogo este que destrói e consome o objeto para qual os raios foram direcionados. Da mesma forma, a mente do ser humano funciona como as lentes, atraindo o poer de Deus, condensando este poder no mais secreto, no mais profundo, na mais oculta parte, no recôndito mesmo do coração, e através deste poder, nossa determinação aumenta consumindo e transmutando todas as más qualidades, nos inspirando e nos infundindo o ininterrupto e necessário poder para continuar sempre em frente, na gradual identificação com a Divindade, a meta da Brahma Samipya.

SRI. T. V . ANATRAM

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